Herlanda diz que “muitos querem retirar da memória coletiva” o papel do PCP
Herlanda Amaro, da CDU, reclamou hoje a importância do PCP para a vitória de Portugal contra o “fascismo”. “Papel esse que muitos querem retirar da memória coletiva”, denunciou a comunista, que fez a caraterização do período do Estado Novo em Portugal, na intervenção realizada nas cerimónias comemorativas do 25 de abril, no Município do Funchal. “O fascismo era miséria, fome, repressão, trabalho infantil, guerra, ódio, degradantes condições de vida, de saúde e de habitação, segregacionismo cultural, elitismo, analfabetismo, ensino reservado para uns poucos e condicionado para a maioria da população, salários de miséria, subordinação dos interesses do país e do povo aos interesses de uma minoria de grandes monopolistas e alienação do interesse nacional aos interesses do grande capital”, disse. Mencionou, por outro lado, que o processo de revisões constitucionais feitas pela direita “atacou, mutilou e destruiu muitas das conquistas celebradas em abril”, considerando que o texto constitucional de hoje “não corresponde ao aprovado em 1976”.