2019-04-25 13:12:00 Jornal de Madeira

25 Abril: Presidente da República pede “mais ambição” para resolver problemas

O Presidente da República pediu hoje “mais ambição” para resolver os problemas do país e dos “jovens de 2019”, um programa quase impossível em que é preciso garantir a economia a crescer e o endividamento a diminuir. Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso de cerca de 20 minutos na sessão solene dos 45 anos do 25 de Abril, no parlamento, em Lisboa, em que comparou as ambições dos “jovens de 1974”, como ele, e os jovens de hoje, “os jovens de 2019”. Para o Presidente da República, é preciso “mais ambição no Portugal pós-colonial, mais ambição na democracia, mais ambição na demografia, mais ambição na coesão, mais ambição na era digital e mais ambição na antecipação do futuro do emprego e do trabalho". “Mais ambição na luta por um mundo sustentável”, concluiu. Estes objetivos têm que ser conseguidos, afirmou, “com a economia a crescer, com dependência pelo endividamento a diminuir, sensatez financeira a salvaguardar, com acrescida justiça a repartir”. Num discurso em que fez a pergunta e respondeu a si próprio, e sem nunca nomear diretamente o Governo, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que estes são objetivos difíceis. “Parece um programa impossível? Talvez, mas a História faz-se sempre de programas, ideais, de sonhos impossíveis. Portugal é uma pátria que nasceu impossível, mas uma impossibilidade com quase 900 anos. Porque haveriam de ser as gerações de hoje as primeiras a renunciar ao impossível?", afirmou, já a finalizar o seu quarto discurso, como Presidente, na sessão solene do 25 de Abril, na Assembleia da República. "Porque haveríamos de ser nós a não acreditar em Portugal?”, questionou ainda. Os “jovens de 2019 querem respostas inequívocas para algumas perguntas urgentes”, acrescentou. Marcelo Rebelo de Sousa começou sempre cada frase a perguntar “quando e como” vai Portugal querer “ser uma sociedade a rejuvenescer”, pelos que “nascem e pelos que recebe de fora”, os imigrantes, ou se vão esbater “mesmo as desigualdades que ainda existem”. “Desigualdades que ainda existem, que continuam a minar a nossa coesão, entre pessoas, entre grupos e territórios, que atrasam o desenvolvimento, juntam novos pobres aos velhos pobres”, exemplificou. É preciso, aconselhou, que se antecipe “o que aí vem nesta era da revolução digital”, no emprego e no trabalho, face a “mutações que, em cinco, dez anos, vão mudar os sistemas produtivos” e que podem “dispensar pessoas ou rearrumá-las” nas suas atividades. No final, aplaudiram de pé as bancadas do PSD, do PS e do CDS-PP, enquanto PCP, BE e PEV optaram por ficar sentados, sem aplaudir.

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